sábado, 21 de agosto de 2010

sufoco


No rio de cores amareladas e dejetos não identificados fui me afogando, me sufocando, apagando a minha vista do mundo torto e turvo que nela habitava. Vozes não identificadas iam se misturando em meus ouvidos, apenas vozes, nada de contornos, formas.
Agora o espelho encontrou aquele rosto branco, pálido, que mantinha os dedos gélidos e dormentes apoiados num canto qualquer servindo de apoio para aquela cara fraca. Cores, formas, escuro, tudo se mistura e nada tem foco.
A boca mastiga sem vontade. 33 minutos para abertura 50 minutos para enfim fechar, o rio se derrama. Me afogo cada vez mais, saio de mim e corro pra bem longe dessa confusão, porém tudo ao meu redor puxa cabeça, cabelos, corpo. Retorno. Quero sal aqui! Quero sair daqui!