sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sentada no batente
da parada do circular
o vento faz meu cabelo dançar
nessa espera permanente
parada, sentada a pansar
O vento faz meu cabelo dançar

Descabelada,
o meu querido Zeca
Me me diz: "Loucura é quase santidade"
Então quem é louco não peca.

-As meninas dos batentes gostam de happy and

domingo, 12 de julho de 2009

Reunião Familiar

Uma reunião familiar se fez. Todos sentados à mesa, alguns com os seus copos de cerveja. Um assunto surgiu despertando uma discussão. Eu estava sentada num canto, conversando flores com uma amiga recente. No entanto o tom de voz que vinha do outro lado da mesa chamou nossa atenção. Entre saudades e ciúmes os gritos transitavam, todos olhavam perplexos os desabafos da mãe e da filha que iam ultrapassando os limites da verdade. Filha foi, mãe ficou. O silêncio momentâneo também estacionou.
Com a viagem do silêncio para outros horizontes, as palavras voltaram a ganhar o lugar. Mas agora elas eram de desabafo e justificativa da cena injustificável. Do desabafo veio uma lágrima, depois outra. Três senhoras apoiavam os olhos nos dedos e a cabeça nas mão. Choravam. E no meio do choro a outra senhora, que não escuta bem olhou a cena e, apontando para as três irmãs, falou:
-Me deu uma vontade de rir agora!
Riu. Eu ri e as senhoras não choravam mais.
Dois minutos depois a velha rizonha levantou-se e caminhou até mim e a recente amiga e começou a recitar uma poesia do tamanho do Brasil. E tudo terminou em impacientes aplausos.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ele e Ela

Num bar ele bebia e dava gargalhadas. Ela chegou. Ele parou de rir e observou o caminhar daquela mulher conhecida e estranha. Ela se sentou e percebeu que estava sendo perseguida por um olhar embreagado. Assim que Ela olhou, Ele ergueu a postura, se exibindo. Ela riu. Ele se levantou e foi até Ela.
- Oi.
-Oi.
-O que faz aqui?
Ela se surpreende com a pergunta
-Ué, o mesmo que você!
- Ah, desculpa...
-Desculpar o que?
Ele vira as costas e vai saindo, no meio do caminho volta e diz:
- Por que?
- Nós nunca dariamos certo.
- Eu te amo.
-Eu não.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Um dia, um tédio

Um dia o tédio me tomou
vontade de não fazer nada
Me senti tão inútil...
Queria sair de casa,
mas não dava
minha saúde impedia
O tédio só crescia
os pensamentos me causavam agonia
tento escrever alguma coisa,
no entanto não gosto de nada...