domingo, 26 de fevereiro de 2012

Vontade



Sabe aqueles dias que a gente acorda depois de um sonho bom, que não se consegue recordar, mas a certeza de que foi bom é bem clara e a sensação boa -aquela sensação que lhe dá vontade de passar um dia inteiro com um sorriso no rosto como se tivesse acabado de gozar- permanece ali invicta, forte, cheia de vida? Você fica tentado lembrar o tal sonho e nada, não vem nenhuma vírgula sequer. Eu queria ter esse prazer de novo. O prazer de não recordar o sonho apenas sentir o gozo dele.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

2012 será o fim?



Dizem por aí que, segundo o calendário Maia, o mundo vai acabar no dia 21 de dezembro de 2012, mas será que vai mesmo? Também diziam que o início do século XXI seria o fim, pessoas se mataram, gastaram todo o seu dinheiro e tudo mais. E 2012, se o calendário Maia acaba ai, quem garante que o motivo é este? Por que o fim do mundo? Não pode ser o fim de uma era?  De qualquer maneira é um fim, mas nós vivemos fins todos os dias. O final é inerente a cada história vivida, ele começa a existir a partir do momento que o começo se faz. Esse medo do fim do mundo na verdade é o medo da morte. Não adianta dizer “eu não tenho medo de morrer, blábláblá, todo mundo morre” TODO MUNDO (até os que vêem na morte a verdadeira e inteira libertação) TEM OU POR ALGUM MOMENTO NA VIDA JÁ TEVE MEDO DE MORRER, e é esse medo do fim que faz com que o globo repórter e todas as mídias de massa rondarem o mito de 2012.
No calendário Maia nunca foi dito “o mundo vai acabar em 2012”, mas sim o fim de um ciclo e fim de ciclo todo mundo vive todos os dias.  A partir do momento que nós existimos ficamos presos a esse fio de moebius que é a vida e a única coisa que fazemos é passar por esse fio todas as manhãs ao acordar até ele ser cortado. O lado bom dessa história que tem várias pessoas por ai dizendo que vão festejar no dia 20 de dezembro de 2012. A festa da libertação. Eu acho que deveríamos comemorar o ano todo fazer uma espécie de carnaval que durasse até a hora do possível fim, afinal segunda aquela produção hollywoodiana que quase todo mundo assistiu (digo quase, porque eu não vi) todos nós morreremos de fome ou de frio ou afogados ou tudo isso junto e no escuro, diga-se de passagem.
Pois bem se o fim vai chegar de qualquer, seja no mito, seja na morte, seja no ciclo... O remédio é aproveitar bem o início o e meio e viver aquela frase super clichê, mas super saudável: “carpe diem”