quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Crônica do centro da cidade

Ontem começou o prospecta- um evento de arte contemporânea-. Combinei com uma amiga de chegar um pouco mais cedo.
- A gente se vê na frente das lojas americanas, ok?!
E desligando o telefone num ok, fui me preparar para cruzar a cidade.
Chegando no centro, frente ao local combinado, parei e esperei. Quando, observando o quanto a normalidade pode ser anormal, percebi 3 garotos, deviam ter seus 7 ou 8 anos, por aí...
- Olha o feijão verde! Quem vai querer? Olha o feijão verde!
Estes três garotos me hipnotizaram. Fiquei observando as tês crianças. Quando chegaram na frente da loja americana pararam, encantados com as bicicletas penduradas na parede da entrada da loja. O mais baixo correu para a bicicleta menor, e ficou sonhando com o dia em que andaria numa. Os outros foram atrás e entraram no sonho do pequeno.
Agora eles também estavam hipnotizados.
Aquela cena me facinou tanto. Três crianças, com um futuro pela frente, vendendo feijão pra ajudar a família, sonhando com uma bicicleta. A prisão deles era o feijão verde. A chave da liberdade, a bicicleta.
Despertaram do sonho e voltaram a caminhada do suor, sem dispensar os comentários da liberdade, se distanciando da minha vista.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Prazer

Os dedos sobem as pernas
A resipração acelera
a boca contrai,
morde tão forte que corta.
A dor se vai,
Sai pela porta
As mãos apertam
Os olhos despertam
O corpo esquenta.
Desejo da carne
Assada na brasa
mal passada
quente.
Um som manhoso foge à boca
A loucura toma a alma.
Corre!
Pele.
Força.
Morre.

O prazer é todo meu.